sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Escolas que melhoraram resultados valorizam professores, diz estudo.

Especialistas em educação visitaram seis escolas brasileiras para descobrir como cada uma delas conseguiu fazer com que seus alunos atingissem um nível de aprendizado considerado adequado.
A pesquisa em campo resultou em um estudo que aponta iniciativas comuns encontradas nas escolas, localizadas nas cinco regiões do país. Publicado em dezembro, o estudo coordenado pela Fundação Lemann e pelo Insper tenta identificar os motivos por trás dos êxitos de escolas públicas de Tocantins, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará e Paraná.
Segundo o coordenador de projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins Faria, as práticas observadas durante as visitas não são novidade. A principal delas é a valorização dos professores, responsáveis finais pela educação das crianças. Outras políticas conhecidas são a elaboração e execução de planos de metas, o acompanhamento contínuo do trabalho do professor e do rendimento do aluno, além do reforço escolar.
 
"As políticas que a gente encontrou nas escolas não são muito desconhecidas. Mas saber como elas conseguiram implantar essas políticas é importante", afirmou Faria ao G1.
As escolas foram selecionadas a partir de um grupo de 215 instituições da rede pública de ensino fundamental I (com turmas do primeiro ao quinto ano) que passaram por diversos filtros.
 
Filtros Os pesquisadores buscaram primeiramente escolas com alunos do mais baixo nível socioeconômico. A partir deste grupo, as instituições foram filtradas de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que deveria ser igual ou acima da meta para 2022 estipulada pelo governo (no fundamental I, a meta é 6). Elas ainda precisavam ter participação de pelo menos 70% de seus alunos na Prova Brasil, exame do Ministério da Educação que avalia a proficiência dos estudantes em português e matemática.
Além disso, o filtro da Prova Brasil exigiu que 70% dos alunos da turma que fizeram a prova alcançassem o nível de proficiência considerado adequado, e não mais que 5% dos alunos ficassem no nível considerado insuficiente.
Os requisitos avaliaram também a evolução dos resultados da escola em todas as edições do Ideb e selecionou aquelas que tiveram desempenho consistente.
Professores valorizados
Ao contrário do que se espera, as integrantes deste seleto grupo não são de um modelo diferente das milhares de escolas públicas brasileiras, que sofrem com problemas estruturais impossíveis de um diretor ou secretário municipal resolver sozinho.
O economista explicou que mesmo nas escolas consideradas casos de sucesso os professores estavam insatisfeitos com os planos de carreira e os níveis salariais. Outros fatores, como o fato de o baixo nível de qualidade das escolas faz com que as crianças já cheguem ao próximo ano com defasagem no aprendizado, também foram encontrados nas visitas.
"Quando você pensa nas mudanças estruturais necessárias, mesmo que elas não sejam feitas, as escolas investem em outros fatores. É importante pensar como avançar no aprendizado dadas as condições existentes", afirmou ele.
No caso da valorização dos professores, as estratégias encontradas nas escolas incluem dar destaque aos professores que estão se saindo bem. Um exemplo citado por Faria é convidar um professor que consegue ensinar um conteúdo como ninguém para dar uma palestra de formação continuada aos colegas.
No Ceará, segundo ele, o governo estadual premia as melhores escolas, que passam a ser conhecidas como "escola nota dez". Segundo ele, isso ajuda a aumentar a autoestima e o orgulho de quem estuda e trabalha lá. "É um nome até um pouco bobo, mas você pensa no quanto se sente bem quando ouve a escola ser chamada assim."
A implantação de metas também pode ser feita de forma eficaz quando os gestores conseguem fazer com que os professores não sintam que a meta é um mecanismo de punição para quem ficar abaixo, e sim uma maneira de valorizar o que está sendo feito de bom. "Se não conseguir passar essa mensagem para o professor, você não vai conseguir implementar a meta direito", explicou Faria.

FONTE: G1

Dilma pede apoio de professor americano para garantir pacto

A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou o professor norte-americano Salman Khan para desenvolver pesquisas educacionais e materiais pedagógicos específicos para serem usados no processo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
O programa, lançado em novembro do ano passado, é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade ao final do terceiro ano do ensino fundamental.
Em passagem pelo Brasil, o professor norte-americano esteve nesta quarta-feira, 16, no Palácio do Planalto com a presidenta e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Mais cedo, Khan participou de seminário sobre educação digital no MEC.
Segundo o ministro, Dilma mostrou interesse na plataforma desenvolvida por Khan. Ela acredita que o processo de educação no país precisa dar um salto de qualidade e que, para isso, é preciso explorar novas tecnologias.
Com mais de 6 milhões de acessos mensais pela internet, a Khan Academy oferece videoaulas de ciências como matemática, física, química e biologia, além de tópicos de humanidades, como história e história da arte, ciências da computação e economia. Os vídeos, traduzidos em dez idiomas, entre eles o português, estão disponíveis gratuitamente no Portal do Professor do Ministério da Educação.
O ministro afirmou ainda que o MEC pretende difundir cada vez mais o material da Khan Academy para auxiliar os alunos e professores no ensino médio. “Vamos procurar desenvolver essa experiência dentro do nosso processo de educação integral”, disse. “Atualmente, mais de 30 mil escolas oferecem ensino integral. Vamos pôr esse material à disposição para que os professores que se interessarem possam usar na educação de tempo integral.”
As regras do pacto foram estabelecidas pela Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012, publicada no Diário Oficial da União de 5 de julho, seção 1, páginas 22 e 23.

Fonte: http://portal.mec

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MEC divulga lista de cursos superiores com mais 38 cursos reprovado.


Foi publicada nesta terça-feira (8) no Diário Oficial da União lista com mais 38 cursos superiores com notas insatisfatórias na última avaliação do MEC (Ministério da Educação). A lista de cursos que estavam em análise complementa o anúncio feito pelo MEC (Ministério da Educação) em 2012 que apontava 207 cursos superiores reprovados.
Os cursos, que receberam notas 2 no CPC (Conceito Preliminar do Curso) de 2011, serão punidos com a suspensão de sua autonomia e assim não poderão, por exemplo, criar novas vagas. Cursos com conceitos abaixo de 3 ficam também automaticamente impossibilitados de oferecer o benefício do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).
Serão atingidas 21 instituições de ensino superior, entre elas federais, como o IF Fluminense (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense), e universidades privadas tradicionais, como a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e o Mackenzie (Universidade Presbiteriana Mackenzie). 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013