Sobre o ensino fundamental, o ministro lembrou que o Brasil é o país que mais incrementou o investimento por aluno na década. “E nós conseguimos colher esse resultado”, disse. “Educação não custa barato, demanda tempo, mas é o melhor investimento que se pode fazer.” Haddad voltou a falar sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e lembrou problemas ocorridos com exames semelhantes em outros países, como os Estados Unidos, com o SAT [Scholastic Assessment Test] que teve problemas com o fuso horário. “Houve problemas também na Índia e na China; na Inglaterra, houve um recorde de itens cancelados”, destacou.
Evolução — Também presente no seminário, a secretária de educação do município do Rio de Janeiro, Cláudia Costin, disse sentir-se orgulhosa ao confrontar os números do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2009 e comparar o desempenho do Brasil em relação a anos anteriores. “Somos o terceiro país que mais avançou”, salientou. “Não estamos no melhor dos mundos, mas já evoluímos; e muito.” Cláudia Costin disse ainda que os indicadores de avaliação do Ministério da Educação permitiram aos gestores do ensino no país derrubar o mito de que as melhores escolas públicas são aquelas frequentadas pela classe média. “Ninguém será suficientemente grato ao MEC pela introdução da Prova Brasil e do Ideb [índice de desenvolvimento da educação básica]”, afirmou. A Prova Brasil avalia o desempenho dos estudantes em língua portuguesa, principalmente leitura, e matemática, com destaque para a resolução de problemas. São aferidos os conhecimentos de estudantes matriculados no quinto e no nono anos do ensino fundamental.
Com relação ao Enem, a secretária, assim como o ministro Haddad, reiterou que problemas operacionais ocorrem em todos os exames públicos que se realizam no mundo. “Aconteceu no SAT dos Estados Unidos e até no Saresp [Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo]”, lembrou. “Não é fácil colocar cinco milhões de estudantes para fazer provas em um mesmo dia, em todo o território nacional, e tudo sair perfeito.” De acordo com a secretária, ao colocar o exame nacional como forma de acesso ao ensino superior, o MEC golpeou o exame vestibular e passou a sinalizar com segurança para o ensino médio. “De forma a evitar a educação enciclopédica como se verificou até agora”, afirmou.
Correio Braziliense - Brasília DF
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